Vinte e dois moçambicanos, entre empresários, políticos, artistas, activistas sociais e influenciadores digitais, figuram numa lista de 100 personalidades mais influentes da lusofonia, distinguidas pela Agência Africanhapers. A notícia partilhada na sua página oficial refere que com a inclusão dos nomes a Agência quer reconhecer e estimular boas acções dentro e fora da comunidade lusófona. Entre os os moçambicanos constam o estilista Taibo Bacar, Salimo Abdula,Luísa Diogo; Tánia Tomé; Lúcia Ribeiro; Beatriz Buchili; Nália Mazula; Ivone Bila; Maria da Assunção Abdula; Neusa Marcelino; Safira Fagilde, Veronica Macamo, Rogério Samo Gudo, Ernesto Gove, Lourenço Sambo, Sidónia Massangaie, Nyelete Mondlane, Anibal Manav, Simão Zacarias, Bernardino Mariano Junior.
Salimo Amad Abdula: ou simplesmente Salimo Abdula é um empresário moçambicano, fundador e Presidente do Conselho de Administração do Grupo Intelec Holdings, Presidente da Confederação Empresarial da CPLP (CE-CPLP), foi Presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) e foi, também, Presidente do Conselho de Administração da Vodacom.
Taibo Bacar : É um estilista moçambicano que há muito conquistou espaço nos mercados globais, pois explora a sua marca de moda de alta costura em países africanos como forma de gerar empregos para os jovens. Taibo nasceu em 1985 e em 2007 cria a TAIBO BACAR, apresentando actualmente duas linhas em simultâneo em cada colecção: a TB (prêt-a-porter) e a TAIBO BACAR couture (alta costura). Filho de uma costureira, cresceu ao ritmo das máquinas de costura, tecidos e esboços que desenhava para algumas clientes da mãe. Taibo acredita que é possível que as marcas africanas penetrem no mercado internacional das marcas de moda, mas primeiro é preciso fortalecer laços e parcerias mais efectivas entre os profissionais do Continente Africano.
Tánia Tomé : É uma jovem oradora pública, empresária, autora, coach, economista, poetisa, ativista, filantropa, artista e palestrante motivacional letrista. A jovem nascida em 1981, tem viajado pelo mundo dando palestras e capacitações, com destaque para países como Uganda, Ruanda, Brasil, Cabo Verde e EUA. Em 2018, Tânia Tomé foi considerada pelo Mipad New York uma das 100 personalidades mais influentes do mundo. Para Tânia, uma das melhores maneiras de vencer os desafios é mostrar que somos capazes e investir no conhecimento e na educação.
Nália Mazula : É uma inovadora, engenheira e estrategista de transformação digital baseada em Houston (Estados Unidos da América). Em 2020, a Sociedade de Mulheres Engenheiras (Society of Women Engineers), a maior defensora mundial e catalisadora da mudança para as mulheres em engenharia e tecnologia, anunciou que Mazula receberia cinco prêmios de reconhecimento de patentes por suas patentes de software focadas em “realidade aumentada, visualização de grandes dados e inteligência artificial”.
Mazula nasceu em Moçambique mas mudou-se para a América quando era jovem. Ela entrou no campo de STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática) no ensino médio quando um de seus professores a recomendou para um acampamento STEM numa universidade local, o que a levou a se formar em engenharia na faculdade. Depois da faculdade, Mazula voltou para Moçambique e aderiu a um projecto de gás natural, sem saber nada sobre o sector. O projecto acabou apontando sua carreira para a indústria de petróleo e gás depois dela ter se apercebido do bem que o projeto fez para partes do país. “Estou honrado em representar Houston e receber este prémio”, disse Mazula. “Espero servir como um exemplo de como uma mulher afro-americana está contribuindo positivamente para a transformação digital numa indústria estabelecida como a de petróleo e gás.”
Ivone Bila : É a primeira mulher a ser eleita Deputada da Assembleia da República de Moçambique para representar a comunidade moçambicana na Europa e no mundo, excluindo África. Residente em Portugal, país onde reside há 28 anos, a nova parlamentar vinha exercendo o cargo de Secretária da Organização da Mulher Moçambicana (OMM) em Coimbra e Zona Centro de Portugal, a primeira na diáspora, há mais de quinze anos. Ivone Bila foi professora do Ensino Secundário em Moçambique; é licenciada em Direito Pela Universidade de Coimbra (FDUC); é mestranda em Ciências Jurídico-Forenses; possui uma pós-graduação de Direito Penal Económico e Internacional e formação em Gestão de Conflitos e Asservitidade (CAF). Tem como agenda realizar em Lisboa conferências anuais sobre a diáspora.
Maria da Assunção Abdula: Maria Da Assunção Abdula é empresária moçambicana, gestora de profissão, com mais de 30 anos de experiência empresarial em diversos sectores de actividade. É uma executiva de topo sobejamente conhecida pela sua dedicação e foco em soluções que visam a melhoria do ambiente de negócios, contribuição para o emprego e desenvolvimento social. Dentre as funcoes que desempenha actualmente destacam-se a de Presidente e Membro Fundadora da Federação de Mulheres Empresárias da Confederação Empresarial da CPLP (FME CE-CPLP), desde 2016; Administradora Executiva da Intelec Holdings (grupo empresarial que actua nos ramos de Energia, Finanças, Recursos Minerais, Telecomunicações Publicidade, Turismo, Imobiliária e Consultoria), cargo que ocupa desde 1998; desde 1996, Directora Geral e Sócia Fundadora da Electro Sul Limitada, empresa que actua no ramo de produção e venda de contadores e cabos eléctricos e Administradora Executiva da CINE Internacional (desde 2015), uma empresa de Comunicação com escritórios no Brasil, Moçambique e presente em outras partes do mundo.
Neusa Marcelino : É especialista em Gestão geral, Criação de estratégia, Economia de custos e geração de receita agregada, Comercial – Vendas e Marketing, Gestão de Relacionamento com Cliente, Segmentação de Cliente e Mercado, Desenvolvimento de Negócios, Gestão de Atendimento / Atendimento ao Cliente, Gestão de Projetos, Líder de terceiros, Coaching e Treinamento. Neusa é uma profissional voltada para resultados, busca a melhoria contínua com o objetivo de desenvolver a sua carreira profissional dentro da área e de outras.
Bernardino Mariano Júnior : Engenheiro moçambicano residente em Nova York. É o novo chefe de Tecnologia da Informação da ONU. Mariano Júnior tem mais de 28 anos de experiência na área.
Lúcia Ribeiro : Primeira mulher a presidir o Conselho Constitucional;
Emília Nhalivilo : Primeira mulher reitora de uma Universidade Pública;
Beatriz Buchile : Primeira mulher Procuradora-Geral no país;
Luísa Diogo : É uma economista e começou a trabalhar, em 1980, quando foi admitida no Ministério das Finanças, como técnica do Departamento dos Setores Económicos e de Investimento, passando, em 1984, a Chefe Adjunta desse mesmo Departamento. Foi nomeada, em 1986, Chefe do Departamento do Orçamento do Ministério das Finanças e, entre 1989 a 1992, Diretora Nacional do Orçamento. Entre 1993 e 1994, foi Oficial de Programas no Banco Mundial em Moçambique, substituindo diversas vezes o representante do Banco Mundial no país. Participou em várias negociações com organismos internacionais, assim como em diversos cursos, seminários e conferências a nível nacional e estrangeiro, cooperou em análises sobre as políticas setoriais de desenvolvimento e colaborou ainda na elaboração e avaliação de projetos de investimento em inúmeros setores. Foi três vezes galardoada com o prémio Emulação Socialista, no Ministério das Finanças.
Em 1994, foi indicada para o Executivo como vice-ministra do Ministério das Finanças e Planeamento e, em 2000, tomou o cargo de ministra desse mesmo ministério. Em fevereiro de 2004, após exoneração do primeiro-ministro Pascoal Mocumbi, Luísa Diogo foi designada para o cargo, passando a acumular as duas funções. De salientar que Luísa Diogo foi a primeira e única mulher nomeada chefe de Governo na história de Moçambique.
Obteve o bacharelato em Economia pela Universidade Eduardo Mondlane, em 1983 e concluiu, em 1992, o Mestrado em Economia Financeira, realizado à distância, pela Universidade de Londres.
Simão Zacarias, Investigador;
Safira Fagilde: Primeira mulher Doutorada em Matemática;