Horácio João
Um total de 893 estudantes foram graduados hoje, sexta-feira, pela Universidade Católica de Moçambique (UCM), na cidade da Beira, capital provincial de Sofala.
Deste número 836 são do nível de Licenciatura, 54 Mestrados e três estudantes do nível de Doutoramento. Do total de estudantes, 590 são mulheres e 303 homens, por terem concluído com sucesso os seus estudos.
A Faculdade de Economia e Gestão, disponibiliza ao mercado de trabalho 48 graduados com o nível de Mestrado e 189 graduados com o nível de Licenciatura.
Dirigindo-se aos presentes, o Reitor deste maior estabelecimento do ensino superior privado do país, o Padre Filipe Sungo, referiu que, hoje, celebra-se a conclusão de uma etapa fundamental nas vidas dos graduados, um momento que lhes abre as portas para novos desafios e realizações no campo das Ciências da Saúde, da Economia e Gestão, e da Educação a Distância.
Reconheceu o papel fundamental que cada um desempenhou na construção desta jornada académica, sendo que aos estudantes pela sua resiliência e empenho; aos docentes pela sua dedicação incansável ao ensino e à investigação; e às famílias pelo apoio constante e incondicional que proporcionaram.
“Esta conquista é vossa, mas é também um testemunho do esforço colectivo que nos une como comunidade universitária” cujo acto foi testemunhado por familiares e amigos dos graduados, acadêmicos, políticos e da população em geral.
O Professor Doutor Sungo fez saber ainda que a Universidade Católica de Moçambique tem como pilares estratégicos o ensino híbrido, a investigação-acção como estratégia-chave do processo de ensino e aprendizagem, a responsabilidade social e a pastoral universitária, especialmente no contexto do serviço que presta às comunidades locais. Estes pilares, segundo o acadêmico, não são simples palavras, mas sim os fundamentos sobre os quais constrõe-se o compromisso com a excelência académica e com o desenvolvimento em que o conhecimento não tem fronteiras, e o ensino híbrido emerge como uma resposta inovadora às necessidades de uma educação acessível, flexível e inclusiva.
Exemplificou que durante o percurso académico, os estudantes adaptaram-se a novos métodos de aprendizagem, combinando o ensino presencial com o digital.
Avaliou que este modelo permitiu desenvolver não só competências técnicas, mas também a capacidade de adaptação, tão essencial num mundo em constante mudança.
Sobre a Investigação-Acção apontou que UCM valoriza como uma estratégia pedagógica central, com enfoque não só de proporcionar uma educação teórica robusta, mas também que envolve directamente em projectos de investigação que visam resolver problemas concretos das comunidades.
Através desta abordagem, os estudantes foram incentivados a questionar, a investigar e a aplicar o conhecimento para transformar realidades.
“Como graduados, levareis convosco a habilidade de pensar criticamente, de formular hipóteses e de implementar soluções práticas, características sustentável características indispensáveis para aqueles que pretendem fazer a diferença na sociedade”.
RESPONSABILIDADE SOCIAL
A UCM descreve a responsabilidade social como um valor que permeia toda a sua missão educativa em que a formação que os graduados receberam não se limita à aquisição de conhecimentos, mas estende-se à sua formação como cidadãos comprometidos com o bem comum.
Filipe Sungo entende que a sua participação em actividades de extensão nas comunidades locais demonstra que compreendem a importância de contribuir para o desenvolvimento social e humano do nosso país.
Como graduados, responsabilizou que agora são chamados a aplicar as suas competências e valores para servir a sociedade, promovendo a justiça, a equidade e a solidariedade.
No âmbito Pastoral Universitária sustentou a oferta à comunidade académica em geral, e aos estudantes em particular, a possibilidade de coordenarem o processo formativo com os princípios religiosos e morais, de forma a salvaguardar-se a identidade católica.
Assim, sublinhou que num contexto social em constante mudança, só apostando numa formação sólida, harmoniosa e integral é que se torna possível formar estudantes que possam agir com rectidão, justiça e ética para melhor servir a sociedade.
Para Jorgina Maveneca, Licenciada em Administração Pública, agora é hora de usar esses conhecimentos para iluminar os caminhos da sociedade e contribuir para soluções.
Mesmo sentimento foi partilhado por graduado Bartolomeu Domingos, acrescentando que nestes anos de formação académica, cada um se dedicou à educação, à pesquisa, ao desenvolvimento de competências técnicas e científicas, e de valores éticos e sociais.